Banca de QUALIFICAÇÃO: ALYNE OLIVEIRA CORREIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALYNE OLIVEIRA CORREIA
DATA : 27/09/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Videoconferência - Faculdade de Medicina - UFCA
TÍTULO:

Avaliação do efeito da lectina de Dioclea violacea em modelo experimental de ventriculite induzida por lipopolissacarídeos em ratos


PALAVRAS-CHAVES:

Lipopolissacarídeos. Lesão cerebral. Dioclea violácea. Alterações Comportamentais. Estresse Oxidativo.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

As lectinas de leguminosas são proteínas de origem não imunológica, com atividades antiinflamatória, antinociceptiva, antidepressiva e anti-isquêmica. A lectina extraída das sementes de Dioclea violacea (DVL) tem sido amplamente estudada por tais ações, numa tentativa de ampliar as opções terapêuticas para as afecções do sistema nervoso central (SNC). A administração de lipopolissacarídeo (LPS) é frequentemente usada para estudar doenças associadas às lesões do SNC em animais. O LPS é uma endotoxina da membrana externa das bactérias Gram-negativas. Dessa forma, propomos nesse trabalho um modelo experimental de ventriculite induzida por LPS. A ventriculite é definida como a infecção do liquor nos ventrículoscerebrais causado por qualquer microorganismo. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da lectina de Dioclea violacea em modelo experimental de ventriculite induzida por lipopolissacarídeos em ratos. O trabalho foi aprovado pelo CEUA-FAMED/UFCA(Protocolo no 003/2024). Ratos machos Wistar (280-300 g) previamente anestesiados (quetamina 90mg/kg e xilazina 10mg/kg, ip) foram submetidos a injeção de LPS (12 μg/3 μL) em ventrículo lateral direito por cirurgia estereotáxica para indução da ventriculite. Divididos em quatro grupos: Falso Operado (FO), Controle (LPS+Salina), Injetados com LPS com tratamento de DVL nas concentrações de 0,25 e 0,5 μg/ μL. Vinte e quatro horas, os animais foram avaliados por testes comportamentais (campo aberto e nado forçado), seguido de eutanásia para retirada dos encéfalospara determinação da atividade de enzimas antioxidante (superóxido dismutase-SOD e Catalase- CAT) e estudo morfológico por coloração por Cloreto Trifeniltetrazólio (TTC). Os resultados mostraram que o LPS (Controle: 17,8 ±1,4, n=5) aumentou número de cruzamento (FO, 13,6±1,0, n=7) e a administração intraventricular de DVL nas concentração de 0,25 g/L (8,80±2,8, n=5) e 0,5 g/L(12,3±1,1, n=7) foram capazes de reverter esse comportamento. O LPS provocou uma diminuição dos comportamentos de rearing e grooming, no entanto o tratamento com DVL não foi capaz de modificar esse comportamento. No teste do nado forçado os animais injetados com LPS tratado DVL em ambas concentrações (0,25 e 0,5 g/L) apresentaram um aumento de 2,5 vezes e 2,8 vezes do tempo de imobilidade, respectivamente, em relação ao grupo controle. A administração de LPS provocou um significativo aumento (63,3%) da atividade da SOD no grupo controle (167,0±10,3, n=3) em relação ao grupo falso operado (94,1±11,3, n=4). O tratamento com DVL na concentração de 0,5 μg/μL foi capaz de reverter essa redução (119,4±15,5, n=5). A quantificação de CAT não mostrou nenhuma alteração significativa. A coloração por TTC dos cortes foi capaz de identificar uma diminuição significativa da densidade óptica no controle (117,3 ± 2,4, n=6) comparado ao FO (140,7 ± 4, 7, n=6). Esse achado foi revertido nos animais tratados com DVL 0,5 μg/μL (138,6 ± 5,8, n=6). Conclusão: O LPS provocou lesão central no modelo proposto, identificado por alterações comportamentais e diminuição da viabilidade neuronal, que foram revertidas pelo tratamento com DVL.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GIOVANY MICHELY PINTO DA CRUZ
Externo ao Programa - 1352200 - JOAO ANANIAS MACHADO FILHO - nullPresidente - MARIA ELIZABETH PEREIRA NOBRE
Notícia cadastrada em: 26/09/2024 14:35
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