Banca de DEFESA: ANTONIO VIANA LOPES NETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANTONIO VIANA LOPES NETO
DATA : 24/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE MECANISMOS FISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS DE CULTIVARES DE SORGO (Sorghum bicolor (L.) Moech) SOB ESTRESSE HÍDRICO:ACÚMULO DE OSMÓLITOS, FOTOSSÍNTESE E TOLERÂNCIA A SECA


PALAVRAS-CHAVES:

Sorgo, Estresse Hídrico, Fotossíntese, Condutância estomática.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

O sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moech) destaca-se como uma importante alternativa para alimentação animal, especialmente para bovinos, devido à sua robustez, resistência e alta produção de biomassa, sendo útil tanto para grãos quanto para forragem. Este estudo teve como objetivo analisar as respostas bioquímicas e fisiológicas do sorgo frente à escassez de água, por meio de dois experimentos comparativos com diferentes cultivares e períodos de estresse hídrico. No primeiro experimento, quatro cultivares de sorgo (catissorgo, SF 15, CSF 18 e CSF 20) foram cultivados em areia lavada de rio e, após 30 dias da germinação, submetidos a 15 dias de seca (20% da capacidade de campo). Foram avaliados parâmetros morfométricos (massa e altura das plântulas e suas partições), concentrações de açúcares solúveis totais (método fenol-sulfúrico), aminoácidos solúveis totais (ninhidrina), prolina (Bates), sacarose (antrona), açúcares redutores (Somogyi-Nelson) em folhas e raízes, além do conteúdo relativo de água e transpiração foliar diária durante o período de estresse. No segundo experimento, os cultivares catissorgo (mais tolerante) e SF 15 (mais sensível) foram expostos a um período mais longo de seca (30 dias), e repetidas análises foram feitas, focando nas folhas. Também foram avaliados vazamento de eletrólitos, fotossíntese, condutância estomática e fluorescência de clorofila após os 30 dias de estresse. Os resultados indicaram que o cultivar catissorgo demonstrou maior tolerância à seca, mantendo biomassa e funcionamento eficiente do fotossistema II, sem grandes alterações morfométricas. Já o SF 15 apresentou queda significativa de massa fresca (69,75%), redução de fotossíntese (58,95%) e alterações expressivas em parâmetros morfométricos. O fechamento estomático precoce em SF 15, iniciado no terceiro dia de estresse, contrastou com o catissorgo, que regulou a abertura dos estômatos apenas a partir do décimo dia, contribuindo para a manutenção do conteúdo relativo de água nas plantas. Nas análises bioquímicas, observou-se acúmulo de açúcares solúveis em catissorgo, especialmente sob estresse, indicando uma adaptação osmótica. Sacarose, aminoácidos solúveis e prolina também tiveram aumento em plantas sob estresse, sugerindo papel importante desses osmólitos na absorção de água pelas raízes. A eficiência do fotossistema II no catissorgo permaneceu elevada, com boa alocação de energia para a fotossíntese e baixa dissipação nas antenas do PSII, enquanto SF 15 apresentou alterações nesses parâmetros. Conclui-se que o catissorgo é mais adaptado a períodos prolongados de seca, graças à manutenção de biomassa, acúmulo de substâncias osmoticamente ativas e funcionamento eficiente do fotossistema II. O estudo ressalta a importância de aprofundar pesquisas sobre os mecanismos de resistência do sorgo à seca, visando ampliar seu uso como alternativa agrícola em ambientes de estresse hídrico.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA RAQUEL ALCÂNTARA DE MIRANDA - UFC
Externo à Instituição - MARLOS ALVES BEZERRA
Interno - FRANCISCO NASCIMENTO PEREIRA JUNIOR
Presidente - JUAN CARLOS ALVAREZ PIZARRO
Externo à Instituição - SÉRGIO LUIZ FERREIRA DA SILVA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 20/10/2025 10:28
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