Banca de DEFESA: ANA LÚCIA ESTEVAM DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA LÚCIA ESTEVAM DOS SANTOS
DATA : 04/04/2025
HORA: 14:00
LOCAL: FAMED
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DA LECTINA OBTIDA DAS SEMENTES DE Canavalia ensiformis (L.) DC (ConA) SOB CEPAS DE Leishmania infantum


PALAVRAS-CHAVES:

Parasitos. Leishmaniose. Concanavalina A. Sinergismo.


PÁGINAS: 73
RESUMO:

As leishmanioses englobam um conjunto de doenças causadas por protozoários
do gênero Leishmania. Elas se manifestam em três principais formas clínicas:
leishmaniose visceral (LV), leishmaniose cutânea (LC) e leishmaniose mucocutânea
(LMC). Os medicamentos de primeira escolha para o tratamento das leishmanioses são
os antimoniais pentavalentes, os quais apresentam efeitos adversos e elevada toxicidade.
Nesse sentido, novas alternativas terapêuticas têm sido estudadas, e dentro desse cenário
estão as lectinas. As lectinas são proteínas que possuem a capacidade de se ligar
especificamente e reversivelmente a carboidratos livres ou a glicoproteínas e
glicolipídios. A lectina extraída das sementes de Canavalia ensiformis, chamada de
Concanavalina A (ConA), se liga de forma especifica a manose/glicose e estudos vêm
mostrando que a ConA pode modular respostas imunes que protegem células contra
infecções microbianas. Sendo assim, este estudo tem como objetivo avaliar o efeito
leishmanicida e analisar os possíveis mecanismos de ação da lectina de Canavalia
ensiformis (ConA) sob cepa de Leishmania infantum. ConA (12 -0.37 μM) foi incubada
à cultura de formas promastigotas (24, 48 e 72h) de L. infantum (C8) e a viabilidade
celular determinada por contagem em câmara de Neubauer. Posteriormente, foi avaliado
a participação do domínio de reconhecimento a carboidratos (CRD), associando a ConA
(5 μM) com 0.1 M de α-metil-manosídeo. Ensaios de fluorescência com o diacetato de
2’,7’-diclorodihidrofluoresceína (DCFH2-DA) e Iodeto de Propídio (IP) foram realizados
para a avaliação do mecanismo de morte celular. Microscopia eletrônica de varredura
(MEV) foi utilizada para avaliar as possíveis alterações ultraestruturais induzidas pela
ConA. Análises de sinergismo e modulação entre a ConA e anfotericina B (AmB) foram
realizados. A citotoxicidade sobre macrófagos RAW 264.7 foi avaliada por meio do teste
do brometo de 3-(4,5- Dimetiltiazol-2-il) -2,5 difeniltetrazólio (MTT). ConA apresentou atividade leishmanicida na maioria das concentrações testadas. O ensaio com α-metil-manosídeo mostrou que a inibição do crescimento das promastigotas causado pela ConA foi revertido, mostrando que a atividade da lectina está associada a capacidade do DRC interagir com carboidratos presentes na membrana das leishmanias. ConA é capaz de

induzir a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e causar danos a integridade
da membrana celular, causando alterações morfológicas na membrana dos parasitos. A
combinação da ConA com a anfotericina B mostrou um efeito sinérgico (0.57 μM AmB
mais 34.5 μM ConA induziu 95 % da inibição do crescimento). Quando testada sob uma
concentração subinibitória, ConA conseguiu modular a atividade da anfotericina B em
todas as concentrações testadas. ConA administrada sozinha e associada com a
anfotericina B não demonstraram toxicidade em células Raw 264.7 provocando aumento
na proliferação destas células. Os resultados mostraram que a ConA possui um potencial
antipromastigota e interação sinérgica com anfotericina B sob cepas de L. infantum,

sugerindo que esta lectina pode ser uma alternativa promissora na melhoria do tratamento
das leishmanioses.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - CLAUDENER SOUZA TEIXEIRA
Interno - CLAUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA
Interno - FRANCISCO NASCIMENTO PEREIRA JUNIOR
Interna - JACQUELINE COSMO ANDRADE PINHEIRO
Externa à Instituição - MARIA FLAVIANA BEZERRA MORAIS BRAGA - URCA
Notícia cadastrada em: 20/03/2025 13:44
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